Especialista afirma que acidentes, principalmente os que envolvem crianças, se dão por descuidos em relação às medidas de segurança recomendadas

Com a chegada do período de férias escolares, aumenta o número de crianças e até mesmo de adultos que utilizam piscinas públicas, em clubes, condomínios e até mesmo em residências, o que aumenta o risco de acidentes que, em alguns casos, podem levar até mesmo à morte.

Dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) indicam que essa é a segunda causa de morte entre crianças de 1 a 9 anos – atrás somente de acidentes de trânsito e, de acordo com a engenheira civil Rejane Saute Berezovsky, membro da Câmara de Perícia e Inspeção Predial e diretora do Ibape (Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia), a maioria dos acidentes se dá em função do descuido na hora de seguir as normas de segurança recomendadas para evitar acidentes.

Foto: Ed Garcia / Creative Commons

Acidentes se dão por descuidos em relação às medidas de segurança recomendadas

“A área da piscina tem que estar isolada, ela não pode ser de livre acesso. Também é importante que essa piscina tenha as bordas arredondadas, porque quando as bordas são em quinas, se por um acaso alguém bate a cabeça, vai gerar um acidente. Tem os famosos ralos de fundo, que é um equipamento simples de fácil acionamento e desligamento, precisa que os usuários dessa piscina conheçam o local onde está o comando de desligamento e, além disse, existem as tampas antiaprisionamento, que você coloca sobre o ralo”, comentou a especialista, destacando que, quando alguém fica preso no ralo de fundo, a ação correta é desligar o sistema de filtragem, em vez de tentar puxar a pessoa.

Além disso, a engenheira lembra que, fora esses cuidados básicos, outras medidas podem garantir ainda mais a segurança dos frequentadores da piscina. “Isso não é custo, é qualidade de execução. Aí a gente pode falar de piso antiderrapante, os degraus têm que ter faixa sinalização, verificar se a escada de acesso estão ou não em processo de corrosão, se estão bem fixas ou não, mas eu diria que esses não são os principais fatores para acidentes”, completou.

Por fim, Rejane lembra que uma boa alternativa para quem vai ter uma piscina em casa é sempre consultar um engenheiro ou um arquiteto sobre o que deve ser levado em conta e, além disso, ressaltou que as recomendações de segurança sobre o assunto podem se acessadas na própria página do Ibape na internet.

Compartilhar
Facebooktwitterlinkedin