Diferentes sistemas podem ser utilizados para garantir mais segurança aos moradores nos acessos às garagens

A sensação de insegurança em condomínios tem aumentado muito nos últimos anos devido aos índices de crescimento da violência urbana. E o acesso à garagem representa um dos locais mais vulneráveis para os moradores, ainda mais quando o espaço não é bem planejado e estruturado. Segundo especialistas, o que se observa são falhas de procedimentos de segurança que acarretam invasões nos prédios, sendo que 90% delas são pela porta da frente.

De acordo com o consultor em segurança Joneval Barbosa de Almeida, oficial da reserva do Exército Brasileiro e diretor das Escolas de Formação de Vigilantes do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado de Santa Catarina (SINDESP-SC), cada condomínio é único e sempre há meios de torná-lo mais seguro, mesmo que a construção seja antiga. “Um eficiente sistema de cadastro de condôminos e dos veículos que utilizam o acesso é fundamental para o controle. Sendo que, uma boa saída é aliar tecnologias que impeçam que o sistema seja ‘burlado’.

O ideal é que seja utilizado, por exemplo, um sistema de acesso biométrico com digital, imagem ou voz, e um sistema de RFID ou leitura de placas. Só que de nada adianta instalar diversos equipamentos eletrônicos se não houver uma norma de segurança que seja respeitada por todos os condôminos e visitantes. A corresponsabilidade dos moradores também é fundamental”, destaca.

Regras

Para José Elias de Godoy, especialista no tema e instrutor do curso de Segurança Patrimonial e Condominial do SENAC/SP, o maior desafio enfrentado pelos condomínios é garantir que todos, desde os gestores até os visitantes, incluindo principalmente os moradores, sigam as regras estipuladas. “A maioria das pessoas que optam por viver em condomínios busca segurança. Por isso, para evitar qualquer surpresa desagradável, a recomendação é que, independente da situação, os portões das garagens não sejam abertos sem a identificação do motorista ou a autorização expressa do condômino, síndico ou zelador, caso tenha. Obviamente, cada local tem sua peculiaridade e, portanto, é importante adaptar o sistema de controle de acesso à particularidade operacional, seguindo os protocolos de cada caso e evitando ao máximo qualquer tipo de exceção”, explica.

Dicas de segurança

• Cadastre e mantenha atualizada a relação dos condôminos, incluindo a placa dos veículos. Além disso, na portaria, é muito importante ter os livros de registro para controle de entrada e saída das pessoas, veículos e materiais

• Mantenha as entradas do condomínio bem iluminadas, evitando pontos de penumbra. E, instale dispositivos eletrônicos de segurança, se possível com monitoramento por empresas especializadas

• É importante manter os equipamentos de segurança e comunicação em bom estado de conservação;

• Antes de abrir o portão da garagem, os porteiros devem identificar quem está dentro do carro

• Quando há porteiro 24h, a indicação é treinamento e mais treinamento. Não basta colocar uma pessoa na portaria e acreditar que ela resolverá todos os problemas do condomínio. Também não podemos esquecer que a atividade de porteiro é “abrir portas”, ele não é vigilante e, portanto, não age repressivamente

• Nos condomínios em que não existe a figura do porteiro, se torna necessário o investimento em uma estrutura tecnológica que permita o efetivo controle de entrada e saída de veículos. Além, evidentemente, da cultura adequada de segurança difundida e aplicada pelos condôminos

• Nos casos em que a portaria é virtual, o principal fator é a escolha adequada da prestadora de serviço e ter em mente que o condomínio não é o único cliente dela. Cada condomínio deve ser avaliado individualmente para a escolha da opção mais adequada quanto à infraestrutura e aos equipamentos a serem instalados nesse sistema.

Conheça os diferentes sistemas de entrada

Porteiro: a liberação de acesso se dá, exclusivamente, pelo porteiro que abre e fecha os portões. Um sistema bastante arriscado, pois depende, exclusivamente, do ser humano para reconhecimento e liberação da entrada dos veículos;

Controle remoto: é o morador que abre e fecha o portão através de controle remoto próprio. Também arriscado, pois depende, unicamente, do condômino, podendo acarretar falha deste ou mesmo perda do equipamento;

Sistema misto de abertura dos portões: abertura externa pelo morador, através de controle, e abertura interna pelo porteiro, que primeiro confirma se quem está no veículo é mesmo o condômino para depois liberar o segundo portão. É mais seguro que os anteriores;

Automatização dos acessos: mais modernos, com leitores de placas, tags ou mesmo fitas adesivas onde se identifica, primeiramente, o veículo e, na sequência, se faz a confirmação do morador através de biometria (digital ou facial) para liberação da entrada na garagem. Costuma ser o mais completo.

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